EU ME CRIEI NO LOMBO DE POTRO;
DOMANDO BAGUAL APORRIADO,
PULEI CERCA DE ARAMADO
E AGUENTEI, FIRME, O REPUXO;
QUEIMEI O ÚLTIMO CARTUCHO,
E NÃO FUGI DA PELEIA,
POIS DENTRO DAS MINHAS VEIAS
CORRE UM SANGUE DE GAÚCHO.
EU ME CRIEI MEIO TEATINO,
CAMPERIANDO CAMPO AFORA;
RINSCANDO O POTRO DE ESPORA
JAMAIS CAÍ DE ALGUM PEALO.
HOJE, SINTO NAS MÃOS OS CALOS
DA MINHA VIDA CAMPEIRA;
MARQUEI AS MINHAS FRONTEIRAS
NAS PATAS DO MEU CAVALO.
NO XUCRO LOMBO DA VIDA
EU CAÍ ALGUM TOMBO;
FOI DURO ESTE ROMBO,
EU SENTI O SOFRENAÇO:
FOI O XUCRO MANOTAÇO
DESTE MUNDO MAL DOMADO.
NA BRASA FUI TEMPERADO,
PARA SER DE PURO AÇO.
NA BRASA FUI TEMPERADO,
NO CALOR DE ALGUM FOGÃO;
NO LOMBO DE REDOMÃO
PULEI CERCA E VALETA;
NÃO VEJO A COISA PRETA
E NEM PORTEIRA ME ATACA;
SOU TAURA, E TRAGO A MARCA
REGISTRADA NAS PALETAS!
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário